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Literatura E Superstição: 5 Curiosidades Sobre Os Escritores Mais Supersticiosos Da História

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A relação entre literatura e superstição tem intrigado ao longo da história, com muitos escritores famosos sendo notórios por suas crenças e rituais supersticiosos.

Neste artigo, exploraremos curiosidades sobre os escritores mais supersticiosos da história, revelando como essas crenças influenciaram suas vidas e obras.

Edgar Allan Poe.

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Primeiramente, Edgar Allan Poe, o mestre do macabro e do gótico na literatura, também era um homem profundamente supersticioso.

Além de sua aversão a corvos, ele carregava amuletos e seguia rituais para evitar o que ele considerava infortúnios. Poe acreditava que essas aves eram presságios de desgraça.

Esta superstição está refletida em sua famosa obra “O Corvo”, onde o protagonista é atormentado por um corvo que repete incansavelmente a palavra “Nunca mais”.

Essa obsessão com a superstição contribuiu para a atmosfera sinistra de muitos de seus contos.

Para Poe, os corvos, por exemplo, eram frequentemente retratados como mensageiros de mau agouro em suas histórias, tornando-os um símbolo recorrente em seu trabalho.

Como resultado, essas crenças e elementos supersticiosos acrescentaram profundidade e um toque de horror psicológico às obras de Edgar Allan Poe, tornando-o uma figura icônica na literatura gótica.

Principais Obras:

  • O Corvo;
  • Os Assassinatos da Rua Morgue;
  • O Gato Preto;
  • O Poço e o Pêndulo;
  • O Retrato Oval.

William Shakespeare.

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Bem como Poe, William Shakespeare, o renomado dramaturgo e poeta, também não escapou das garras da superstição.

Acredita-se que ele era muito cauteloso com as datas, evitando escrever ou estrear peças teatrais em determinados dias considerados azarados.

Para Shakespeare, o dia de São Bartolomeu, por exemplo, era temido, e ele evitava agendar eventos importantes nessa data.

Essa preocupação com a superstição se refletiu em sua obra, influenciando a representação do sobrenatural em suas peças.

Além disso, em suas obras, Shakespeare frequentemente explorava temas sobrenaturais, como bruxas em “Macbeth” e fantasmas em “Hamlet”.

Nesse sentido, sua abordagem das crenças populares da época acrescentou profundidade e complexidade às suas histórias, fazendo com que o público mergulhasse em um mundo repleto de magia e superstição.

Além disso, o uso habilidoso de elementos supersticiosos em suas peças permitiu que Shakespeare criasse um ambiente de tensão e mistério, que permanece cativante até agora.

Principais Obras:

  • Romeu e Julieta;
  • Hamlet;
  • Macbeth;
  • Sonho de uma Noite de verão;
  • Otelo.

Agatha Christie.

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Agatha Christie, a rainha do crime, era uma escritora prolífica e notavelmente supersticiosa. Ela acreditava que era necessário comer maçãs verdes antes de iniciar um novo livro, como um ritual de boa sorte.

Todavia, sua crença na superstição não parava por aí. Agatha, frequentemente incorporava elementos supersticiosos em suas tramas, criando mistérios intrigantes que envolviam a interpretação de presságios, cartas de tarô e premonições.

Além disso, em suas histórias, personagens muitas vezes eram confrontados com eventos inexplicáveis, e o mistério envolvendo superstições adicionava camadas de complexidade aos enredos.

A habilidade de Agatha Christie em entrelaçar o mundo real com o misterioso e sobrenatural cativou leitores ao redor do mundo e a tornou uma das autoras mais lidas e amadas da literatura policial.

Principais Obras:

  • O Assassinato de Roger Ackroyd;
  • E Não Sobrou Nenhum;
  • Assassinato no Expresso oriente.
  • Morte no Nilo;
  • O Caso dos Dez Negrinhos.

Charles Dickens.

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Charles Dickens, conhecido por seu conto de Natal atemporal “Um Conto de Natal”, incorporou a superstição de maneira sutil em sua obra.

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Dickens era um escritor cujas obras frequentemente exploravam aspectos da sociedade vitoriana, incluindo suas superstições e tradições.

No “Um Conto de Natal,” Dickens retratou o espírito do Natal como uma época de generosidade e redenção, um contraponto à avareza do protagonista Ebenezer Scrooge.

O autor acreditava no poder do Natal para transformar corações e, assim, criou um vínculo entre a superstição popular da época e a mensagem de esperança de suas histórias.

Embora Dickens não tenha se dedicado a temas sobrenaturais em suas obras da mesma forma que outros escritores, ele usou elementos supersticiosos e o próprio espírito do Natal como uma metáfora para o renascimento e a regeneração, enfatizando a importância da generosidade e do amor em sua narrativa.

Charles Dickens capturou o espírito do Natal de uma maneira única, e sua habilidade em entrelaçar elementos supersticiosos com sua mensagem moral o tornou um dos escritores mais queridos da literatura mundial.

Principais Obras:

  • Um Conto de Natal;
  • Oliver Twist;
  • Grandes Esperanças;
  • David Copperfield;
  • A Tale of Two Cities (Um Conto de Duas Cidades)

Gabriel García Márquez.

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Por fim, temos Gabriel García Márquez, o mestre do realismo mágico na literatura latino-americana, frequentemente incorporava elementos supersticiosos em suas narrativas.

Em suas obras, Márquez explorou a rica tradição de crenças populares da América Latina, nas quais a superstição, o misticismo e o sobrenatural desempenham um papel significativo.

Seus personagens muitas vezes possuem dons sobrenaturais, como a capacidade de prever o futuro, ler a mente ou até mesmo se tornar invisíveis.

Portanto, o realismo mágico é uma característica marcante em sua escrita, na qual eventos extraordinários são apresentados de maneira natural e cotidiana.

Márquez usou a superstição como uma forma de retratar a complexidade da cultura latino-americana, explorando temas como a influência do destino, o poder das superstições e a coexistência do real e do sobrenatural.

Dessa forma, ao abraçar as superstições e tradições populares de sua terra natal, Márquez enriqueceu suas histórias com uma atmosfera única, onde o inexplicável se torna parte integrante da vida cotidiana.

Sendo assim, suas narrativas transcendem as fronteiras da realidade, mergulhando os leitores em um mundo onde a superstição se entrelaça com a magia, criando um ambiente mágico e inesquecível.

Em suma, Gabriel García Márquez deixou um legado na literatura, explorando a rica tapeçaria de crenças supersticiosas e culturais da América Latina em suas obras.

Principais Obras:

  • Cem Anos de Solidão;
  • O Outono do Patriarca;
  • Crônica de uma Morte Anunciada;
  • O Amor nos Tempos do Cólera;
  • O General no Seu Labirinto.

Conclusão.

Por fim, a relação entre literatura e superstição é rica e complexa, moldando tanto a vida dos escritores quanto o conteúdo de suas obras.

Por isso, ao explorar as superstições de escritores, percebemos como as crenças pessoais podem se entrelaçar com a criação literária, enriquecendo o mundo da literatura com um toque de mistério e magia.

Essas curiosidades revelam que a superstição é mais do que uma simples crendice, é uma força criativa que influencia a literatura ao longo dos séculos.

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