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Pronomes Oblíquos Átonos E Tônicos: Diferenças E Aplicações.

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Os Pronomes Oblíquos são peças fundamentais na gramática da língua portuguesa, desempenhando um papel crucial na estruturação das frases.

Este artigo visa esclarecer de forma objetiva e informativa as nuances envolvidas no uso desses pronomes. Abordaremos temas como classificação, posição na frase, concordância verbal.

Primeiramente, os pronomes oblíquos constituem uma categoria gramatical essencial no idioma português, desempenhando papéis específicos na estruturação das frases.

Ou seja, eles são utilizados para substituir ou referenciar termos já mencionados no discurso, conferindo fluidez e concisão à comunicação.

Assim, existem dois tipos principais de pronomes oblíquos: átonos e tônicos.

Os pronomes oblíquos átonos são, geralmente, monossílabos e enclíticos às formas verbais.

Ademais, os pronomes oblíquos tônicos são acentuados e possuem maior ênfase na pronúncia, sendo comumente utilizados de forma independente na frase.

Por exemplo:

  • Átonos: “Ele me disse a verdade.” (me – substitui o objeto direto)
  • Tônicos: “A decisão foi mim.” (mim – utilizado de forma independente, enfatizando o sujeito)

Os pronomes oblíquos, fundamentais na língua portuguesa, são divididos em duas categorias principais: átonos e tônicos. Dessa forma, essa distinção é crucial para compreender como esses elementos se integram às estruturas das frases.

Aprofunde sua pesquisa:

São monossílabos e geralmente se enclíticos, ou seja, posicionam-se após o verbo, conectando-se a ele. Por isso, utilizados em situações específicas, como próclise (quando o pronome precede o verbo).

Exemplos:

  • “Ela me avisou sobre a reunião.” (enclítico)
  • Me avisou sobre a reunião ela.” (próclise)

São acentuados e possuem maior ênfase na pronúncia. Utilizados de forma independente na frase, sem necessariamente estar vinculado a um verbo.

Exemplos

  • Mim disseram que a decisão foi acertada.” (tônico)
  • “A decisão foi tomada por mim.” (independente)

Tabela de Pronomes Oblíquos:

ÁtonosTônicos
me (me, mim)mim
te (te, ti)ti
se (se, si)si
nos (nos)nós
vos (vos)vós
se (se, si)si

Além disso, a colocação adequada dos pronomes oblíquos em relação ao verbo é um aspecto crucial na gramática portuguesa, determinando a clareza e a fluidez das expressões. Essa disposição pode ocorrer de três maneiras: próclise, mesóclise e ênclise.

Nesse caso, o pronome é colocado antes do verbo. A próclise é frequentemente utilizada em situações como orações subordinadas, locuções verbais, gerúndios e infinitivos. Por exemplo:

  • Me lembrei do compromisso.”
  • Se fizermos isso, teremos sucesso.”

A mesóclise ocorre quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito e o pronome se posiciona no meio do verbo. Por exemplo:

  • “Lembrar-me-ei do compromisso.”
  • “Far-se-ia necessário realizar ajustes.”

Por fim, a ênclise acontece quando o pronome é colocado após o verbo. Ela é comum em frases afirmativas iniciadas por verbos no modo imperativo afirmativo, no infinitivo impessoal ou quando há partículas atrativas (não, apenas, etc.). Por exemplo:

  • “Realize a tarefa conosco.”
  • “Não se esqueça de estudar.”

Os pronomes oblíquos desempenham papéis cruciais como objetos diretos e indiretos nas frases, substituindo substantivos e conferindo maior concisão à comunicação.

Os pronomes oblíquos podem atuar como objetos diretos quando substituem o complemento verbal que recebe diretamente a ação do verbo.

  • “Vi o filme ontem.” (Substituição: “Vi-o ontem.”)
  • “Ela comprou o livro que estava na vitrine.” (Substituição: “Ela comprou-o que estava na vitrine.”)

Além disso, em outras situações, eles funcionam como objetos indiretos, referindo-se ao destinatário ou beneficiário da ação verbal.:

  • “Dei um presente para ela.” (Substituição: “Dei-lhe um presente.”)
  • “Contei a história aos alunos.” (Substituição: “Contei-lhes a história.”)

Do mesmo modo, é crucial atentar para questões de concordância e regência verbal. Por isso, abaixo, abordaremos casos específicos e as regras correspondentes para uma utilização precisa:

Em situações em que o verbo precede o pronome oblíquo, a concordância verbal deve ser feita considerando o número e a pessoa do pronome. Veja:

“Os alunos nos surpreenderam.” (Concordância com a terceira pessoa do plural.)
“Tu e ele se entenderam bem.” (Concordância com a terceira pessoa do singular.)

Assim como a concordância, a regência verbal também demanda atenção, especialmente quando o verbo exige preposição antes do objeto direto ou indireto representado pelo pronome oblíquo. Veja os exemplos a seguir:

  • “Agradeço a vocês pela colaboração.” (Regência da preposição “a” antes do objeto indireto “vocês”.)
  • “Confio em ti para essa tarefa.” (Regência da preposição “em” antes do objeto indireto “ti”.)

Em alguns contextos, ocorrem casos específicos que exigem atenção. A próclise facultativa, permitindo que o pronome se posicione antes ou depois do verbo, dependendo do estilo ou ênfase desejada.

Exemplo:

  • “Ele te chamará amanhã.” (Próclise antes do verbo.)
  • Te chamará ele amanhã.” (Ênclise após o verbo.)

Em algumas situações, a próclise, que consiste na colocação do pronome oblíquo antes do verbo, é facultativa.

Ou seja, isso permite flexibilidade na construção da frase, podendo o pronome também posicionar-se depois do verbo. Por exemplo;

  • “Ela me disse a verdade.” (Próclise facultativa)
  • “Diga-me a verdade.” (Ênclise)

O pronome “lhe,” geralmente empregado como objeto indireto, pode ser utilizado como objeto direto em algumas situações, especialmente após verbos como “ver,” “ouvir” e “sentir.” Por exemplo:

  • “Vi lhe a chegada ontem.” (Objeto direto após o verbo “ver.”)

Do mesmo modo, quando combinamos o pronome oblíquo com a partícula “que”, formamos uma única palavra, mantendo a acentuação tônica:

  • “Aquele que eu não aceito é o descaso.” (Combinação do pronome “aquele” com a partícula “que.”)

Ademais, nas vozes verbais passivas sintéticas, é possível utilizar o pronome oblíquo átono para indicar o agente da ação. Por exemplo.

  • “Me informaram sobre a reunião.” (Passiva sintética com o pronome “me” indicando o agente.)

Por fim, o pronome “si” se refere à terceira pessoa do singular e pode agregar formalidade ou ênfase quando adicionado a outros pronomes oblíquos átonos. Por exemplo:

  • “Ele lhe disse a verdade a si.” (Acrescentando “si” para enfatizar o destinatário da informação.)

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