Quincas Borba, obra-prima de Machado de Assis publicada em 1891, é uma sátira mordaz da sociedade brasileira do século XIX.
Através da figura excêntrica do filósofo Quincas Borba e seu fiel discípulo Rubião, o autor desvenda as hipocrisias, os vícios e as fraquezas da elite carioca.
Quincas Borba, ex-professor de latim, é um homem amargurado e misantropo que desenvolve uma filosofia peculiar: a teoria do Homem-Animal.
Segundo ele, a vida humana é regida por instintos primitivos, como a luta pela sobrevivência e a busca pelo prazer.
Rubião, um homem simples e pacato, é o legatário universal de Quincas Borba.
A herança, porém, vem com uma condição: Rubião deve cuidar de Quincas Borba, que se encontra em estado mental debilitado.
A chegada de Quincas Borba à casa de Rubião provoca uma série de mudanças na vida do herdeiro.
A presença excêntrica do filósofo e suas ideias controversas causam espanto e constrangimento na sociedade local.
Rubião, guiado pelas ideias de Quincas Borba, se torna um alvo fácil para os oportunistas da sociedade.
A ingenuidade do herdeiro é explorada por aqueles que desejam se beneficiar da fortuna herdada.
Gradualmente, Rubião se torna cínico e amargurado, à medida que desvenda a hipocrisia e a falsidade das pessoas ao seu redor.
A fortuna herdada não lhe traz felicidade e ele se torna cada vez mais recluso e isolado.
O destino de Rubião é melancólico e simbólico. A ingenuidade e a crença na bondade humana são tragadas pela crueldade e pelo egoísmo da sociedade.
A ironia final do romance reside na morte de Quincas Borba, que recupera a lucidez no momento em que Rubião sucumbe à loucura.
Quincas Borba é um clássico da literatura brasileira que continua atual e relevante. A obra de Machado de Assis é um retrato ácido da sociedade, um convite à reflexão sobre a natureza humana e seus instintos mais primitivos.
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